quarta-feira, agosto 17, 2005

Cremação..

Voltei! Por uma só peregrinação nefasta. A solidão. Não solitariamente só, mas solidariamente contigo.
Já não há gente nos subúrbios do presente. Restam corpos iludidos na degradação. Perdem-se na densidade das palavras oferecidas. Portadores de bocas prostitutas vendendo a frase à luz da sua noite rarefeita. Das entranhas dos diálogos restam pedaços desconexos que despertam de uma qualquer gravação descartável.
A comitiva dos convites morre pelo alimento do isolamento. Arreganho na nitidez das letras do riso conjunto.
Não desprezei, muito menos rescindi, apenas rebolei na carcaça que se avizinha. O silêncio espreita pela lucidez do vazio, cremando o drama da sensatez. Faço de palhaço no beco da consciência.